Tudo
aconteceu há muitos anos, em Nova Friburgo,
no tempo em que lá havia apenas um pequeno destacamento da Polícia Militar com
doze homens comandados por um experimentado sargento de nome de guerra Pedroso.
Na periferia da cidade funcionava um
animado prostíbulo com lindas mulheres, algumas desabrochando a adolescência.
Porque a vida difícil dos roçados as enviara, como mariposas, em direção às
luzes da metrópole friburguense e à entrega carnal remunerada. Vinham tímidas,
inexperientes, até mesmo virgens.
É claro que Pedroso, em sendo uma das mais
prestigiadas autoridades policiais da localidade, tinha até mesa cativa no
bordel – uma bela casa de mais de cem anos, cercada de jardins e gramados bem
cuidados. Madame Carla, a cafetina, desdobrava-se em atenção ao sargento, não
somente no salão, mas também na cama, onde o militar esnobava um desempenho que
fazia correr longe sua fama de femeeiro.
Nunca se soube ao certo se a atenção de
madame Carla com Pedroso era decorrente de paixão ou apenas medo de ser
admoestada nos seus negócios. Porém, tudo indicava ser mais a primeira
hipótese, ou ambas, concomitantemente, eis que o lugar era frequentado amiúde
por autoridades de competência e peso político muito além do que valia o
sargento.
Eram juízes, coronéis, deputados,
prefeitos, desembargadores, médicos, enfim, a nata da sociedade local, de
outros recantos interioranos e até da capital, que ali fazia ponto constante. O
sargento era, na verdade, um guardião das autoridades, às quais prestava
respeitosas gentilezas e recebia de volta igual atenção.
Pedroso vivia sozinho. Era solteiro e
bem-apanhado em seus 28 anos de idade. Não era alto, talvez medisse 1,70m.
Tinha uma cabeleira preta aparada no rigor militar, mas sem lhe tirar o charme.
Sua dele pele morena lembrava os índios, dos quais, por sinal, era descendente.
Por tudo isso, e pelo carisma de sua autoridade, além da recortada farda que
envergava, o sargento arrancava suspiros das biscas.
O sargento, – como era normalmente chamado
em exaltação emblemática à sua graduação, algo comum no interior, – dava conta
de todas as biscas e tinha a preferência de madame Carla quando ali chegava
alguma nova moça, que lhe era entregue pela madame para a iniciação como
prostituta. E assim muitas meninas perderam a virgindade debaixo do garanhão; e
gostavam, posto ser famosa a habilidade dele em desempenhar o agradável papel
de deflorador oficial das iniciantes.
O tempo escorria em favor do sargento, com
ele sempre presente em casa de madame Carla, até que lhe surgiu uma linda
garota, vinda de Minas Gerais, estreando na vida de meretriz. Como de praxe,
ela passou a primeira noite com o sargento. O nome dela era Márcia. E houve o
inesperado: a paixão louca do sargento pela morena, esta que lhe passou a ocupar
com exclusividade a preferência, provocando-lhe doentio ciúme o fato de ela se
deitar com outros homens por dinheiro. Mas nada ele podia fazer, assim era a
regra do jogo...
Márcia também demonstrava bem-querer pelo
sargento. Em compensação, o ciúme dele aumentava, já atrapalhando a atenção que
carecia a ela dar atenção aos demais clientes, especialmente quando se tratava
de alguma prestigiada autoridade superior, o que deixava Pedroso tão alucinado
que ele passou a protagonizar incontroláveis cenas de ciúme que até perturbavam
o ambiente.
Estimulado por madame Carla, que procurava
contemporizar a questão, o sargento de quando em quando levava Márcia a passear
pela cidade, provocando olhares de desaprovação entre as gentes que circulavam
em afazeres ou divertimentos sadios. Mas a ostentação se foi tornando um incômodo
social que culminaria em tragédia...
Tudo aconteceu numa noite em que Pedroso se
deixava ficar com Márcia num bar, no centro da cidade, quando ouviu uns
gracejos vindos da mesa ao lado. Eram quatro rapazes tocados pelo excesso de
álcool, e eles passaram a acirrar maledicentes comentários atingindo
frontalmente os brios do sargento, que, para desgraça maior, envergava a sua
farda e portava um sabre-baioneta de Fuzil Ordinário (FO).
– Tem cafetão no bar!... – assacou um dos
rapazes.
– É mesmo! E cafetão fardado! – atalhou o
outro.
– Mas a puta é bonita! – provocou o
terceiro.
O sargento, furioso, levantou-se e se
dirigiu aos rapazes, exigindo-lhes que o acompanhassem à delegacia. Eles caíram
na gargalhada e adotaram postura hostil, enquanto um deles partiu ao confronto
voando literalmente sobre o sargento e arremessando-o contra o piso do bar. Só
que, quando os jovens se levantaram o sargento já havia sacado da bainha o
sabre-baioneta. E se defendeu colocando-o apontado para aquele que contra ele
de súbito se lançara. E houve a tragédia, o sargento debaixo do rapaz e este
com o peito atravessado pelo sabre-baioneta em cena terrificante.
A morte foi instantânea, assustando o
próprio sargento, que não fizera uso do sabre-baioneta senão para se defender
dando somente uma pranchada nos belicosos rapazes. Esta era a intenção, mas
agora lá estava, estendida no chão, a vítima, enquanto o sargento,
descontrolado, afastava-se com a moça picando o passo.
A cidade parou indignada com o crime.
Populares em passeata de protesto tentaram invadir o Destacamento Policial Militar,
com os PMs defendendo-se em armas engatilhadas. O prostíbulo fechou, por
precaução, e tudo somente se acalmou com a chegada de reforço. Três dias
depois, o sargento se apresentou no Quartel-General, em Niterói, fugindo assim
do flagrante. Ficou preso, enquanto providenciava advogado para se defender no
processo, que, em razão do clamor local, fora transferido para a capital.
Não foi difícil aos advogados do sargento dar
vitória à tese da legítima defesa, eis que ele abarrotou o Fórum com
proeminentes personalidades (juízes, promotores, coronéis, desembargadores
etc.), que, como ele, frequentavam a casa de madame Carla. Com este apoio irresistível
a decisão foi simples e rápida: absolvição. Porque o juiz acolheu a
circunstância excludente de criminalidade defendida pelo promotor de justiça em
concordância com a defesa e corroborada pelos jurados, e determinou o
arquivamento do feito.
Contudo, e por medida cautelar, a Polícia
Militar decidiu que o sargento não mais comandaria o policiamento em Nova
Friburgo. Foi ele então designado para Angra dos Reis. Mas Pedroso estava
firmemente decidido a não abandonar a sua amada. Foi à casa de madame Carla e
pediu Márcia em casamento. Ela aceitou. Gostava realmente do sargento. Todavia,
acostumara-se à vida de bisca, criara o hábito de fazer sexo por dinheiro,
motivo pelo qual propôs ao apaixonado miliciano uma condição:
– Amor, você me fez mulher. Mas não lhe
posso negar que gostei dessa vida. Por isso, quero ter o direito de decidir
sobre o meu destino após vinte anos. Se você concordar, aceito sua proposta.
– Querida, acho que você está assustada
ante o meu pedido. Eu quero me casar com você por amor. Não me interessa o que
você é agora. Nós vamos morar numa cidade em que ninguém a conhece, e poucos
sabem quem eu sou. Mas aceito a sua condição. Você se esquecerá dela com o
tempo... E assim aconteceu...
*
Pedroso e Márcia formavam um respeitável
casal. Muito controlado nos gastos, e em razão de seu longo tempo de
solteirismo, Pedroso arrebanhara e guardara bom quinhão. Adquiriu então uma
bela casa para morar com Márcia, enquanto sua carreira transcorria às mil
maravilhas, com ele agora servindo no Quartel-General, em Niterói.
Márcia tornou-se esposa dedicada e amorosa;
e o sargento amava deveras a mulher, que a cada dia alcançava uma beleza ainda
mais estonteante. Era realmente linda! Seu corpo moreno tinha curvas na medida
certa. Os olhos de azeviche, grandes e vivos, rebrilhavam num rosto
simplesmente divinal. Márcia era, com efeito, uma verdadeira musa, e nem mesmo
a gravidez alterara sua inefável beleza.
Dois anos já estavam eles casados e morando
em São Gonçalo quando nasceu o primeiro filho: Júlio. No ano seguinte viria ao
mundo a menina Clarisse, formando-se um casal de crianças tão bonitas como os
pais.
Passado bom tempo Pedroso alcançara o posto
de capitão e ingressara na reforma. Era líder de classe, característica que o
acompanhara durante toda a sua vida profissional e que lhe propiciara a
ocupação da presidência de uma associação de PMs tão logo se viu na
inatividade.
Enquanto isso, na Escola de Formação de
Oficiais, havia um cadete que vivia um drama familiar muito sério. Era quase
oficial, eis que lhe faltavam apenas seis meses para a formatura. Mas
enfrentava a dura realidade de ver a irmã sofrendo de tuberculose ganglionar,
cujo tratamento dependia de remédios especiais. Sustentáculo da família, por
não ter pai, o cadete andava pelo quartel apreensivo, fato observado por um
tenente, de nome Expedito, que se lhe dirigiu:
– Paulo, qual é seu problema? Você anda
muito tenso. Posso ajudar?
– Não sei, tenente. Estou realmente com um grave
problema em casa, com minha irmã mais velha...
O cadete Paulo fez um relato sucinto
daquilo que o afligia, recebendo do tenente a garantia de lhe conseguir o
dinheiro. E, logo no dia seguinte, o tenente entregou-lhe um bilhete
apresentando-o ao capitão Pedroso...
– Capitão, sou o cadete Paulo...
– Olá, garoto! O Expedito já me adiantou
alguma coisa sobre o seu problema. De quanto você necessita pra comprar os
remédios de sua irmã? – adiantou-se Pedroso, deixando o cadete à vontade.
– Bem, é muito dinheiro, e eu não poderia
pagar agora. Este é o problema...
– Nada disso, rapaz. Vou emprestar o
dinheiro e você só pagará depois de declarado aspirante e receber o primeiro
salário. Só preciso que você seja um dos nossos associados. A prestação é
barata...
Tudo foi simplificado pela boa vontade do
capitão Pedroso, que na mesma hora providenciou o dinheiro. O cadete Paulo
retornou ao quartel maravilhado com a simpatia e a atenção que recebera do
capitão, de quem a partir de então se tornou amigo. Sim, porque o cadete e o
capitão passaram a se encontrar esporadicamente, até que houve a formatura de
Paulo a aspirante-a-oficial.
O tempo escorreu e a amizade de Pedroso e
Paulo se aprofundou nos anos seguintes, com Paulo, já tenente, integrado à
família do capitão, e vice-versa. Foi nesta época que Pedroso e Márcia
decidiram adotar um menino de nome Sérgio. Ele contava seis anos, um a mais que
Júlio, o filho biológico. O casal ficou então com três crianças, todas criadas
com o mesmo carinho.
O tenente Paulo também estava deixando a vida
de solteiro, e os padrinhos do seu casamento foram Pedroso e Márcia em bela
cerimônia com direito até a “túnel do amor” – grande contingente de oficiais
formando um corredor na saída da igreja, com os nubentes passando por baixo das
espadas cruzadas sobre suas cabeças em emocionante espetáculo.
Os anos se passaram, com os casais sempre
unidos em amizade. O tenente ganhou uma filha, Ana Paula. Depois nasceu Glória
para completar a família de Paulo e Marilza. Nas festas de aniversário, tanto
numa casa como noutra, nunca deixavam de marcar presença os casais amigos. E
por longo tempo a amizade perdurou, até que as crianças conquistaram a
adolescência.
Paulo fora promovido a capitão, alcançando
o seu amigo mais velho que se reformara neste posto. Nesta época, a amizade de
ambos era como se fosse de pai e filho. Um dia, porém, Pedroso foi ao quartel
onde Paulo servia, adentrando o seu gabinete agoniado.
– Meu amigo, aconteceu algo muito grave
comigo. Márcia fugiu de casa levando com ela o Sérgio. E sabe o que meus filhos
me falaram?... Que Márcia e Sérgio são amantes. Não posso acreditar que seja
verdade! Não posso! Como pôde ela transformar o filho em amante? –
desesperou-se o capitão.
– Calma, Pedroso! Explique-me isto melhor!
Márcia fugiu com Sérgio? Com seu filho adotivo? Ou será que ela apenas o levou
pra não ficar sozinha?...
– Não, meu amigo! Eles eram amantes, sim, e
debaixo do meu nariz. Que traição! Dupla traição! Criei Sérgio como um filho
querido. Como ela me pôde golpear dessa maneira?
– Pedroso, por que será que eles fizeram
isto?...
*
Daí Pedroso narrou ao amigo toda a história
passada. Mas o drama se estendeu numa sucessão de fatos que culminaram em
tragédia...
Márcia fora nomeada professora pública.
Trabalhava em Niterói há seis anos, o que a obrigou ao retorno da fuga para não
perder o emprego. De São Paulo, para onde havia fugido com Sérgio, ela voltou a
morar em São Gonçalo, vivendo maritalmente com filho adotivo, este que
conseguira emprego de motorista de ônibus. Apesar da diferença de idade entre
Márcia e Sérgio, a beleza dela não indicava nenhuma distância temporal entre
ambos.
Pedroso não soube logo que o
casal infiel estava residindo num bairro próximo de sua casa, no Mutuá/SG.
Somente conheceu esta verdade quando, ao transitar com seu carro particular
pelas ruas gonçalenses, num determinado trecho ele foi quase abalroado por um
ônibus, obrigando-se a dar um golpe de direção que também por pouco não o levou
a bater num poste. E ele pôde ver Sérgio ao volante, rindo sarcasticamente,
como se fosse seu inimigo.
– Amigo, o moleque tentou me matar! Estão
morando perto de mim. Não sei mais que fazer! Não consigo sufocar meu desespero
em me ver traído dessa maneira. Não fossem meus dois filhos eu mataria esses miseráveis.
Mas não tenho coragem. Minha vida terminou! – desabafou Pedroso.
– Pedroso, meu amigo, você tem de manter a
calma. Sei que a situação é complicada. Mas você tem de pensar no Júlio e na
Clarisse. Eles precisam de você e devem estar sofrendo muito com tudo isso.
– Tem razão. Eles estão desnorteados. Não
entendem como a mãe deles pôde abandoná-los, como fez, sem qualquer explicação.
Não sei se aguentarei esta barra...
Paulo não tinha dúvida de que havia perigo
à vista e decidiu procurar Márcia no trabalho para alertá-la sobre os riscos
daquele acintoso e provocativo comportamento do Sérgio e dela própria.
– Márcia, eu resolvi procurar você porque
me preocupa o estado psicológico do Pedroso. Não vim aqui pra repreender você.
Apenas estou com a péssima impressão de que Pedroso vai matar você e Sérgio.
Ele está muito desesperado. Acho melhor você partir novamente pra São Paulo...
– Que nada, Paulo, não vou perder meu
emprego! Pedroso é pacato. Ele sabe que cumpri ao pé da letra o trato que
fizemos. Não pude evitar a paixão pelo Sérgio. Como você sabe, depois de vinte
anos, fiquei mais pra filha do que pra mulher de Pedroso. Não acredito que ele
me mate!...
– Mas, Márcia, Sérgio jogou o ônibus contra
o carro dele. Acho que você está se esquecendo daquele Pedroso que você
conheceu em Friburgo. Por favor, Márcia, fuja enquanto é tempo! Faça isto por
Júlio e Clarisse! – suplicou Paulo.
Não adiantou. Márcia e Sérgio continuaram
vivendo juntos e nas barbas do desesperado capitão, que definhava dia a dia
diante do amigo Paulo, o ombro que buscava para derramar suas lágrimas. E assim
ficou, durante pelo menos dois meses, até que desapareceu, não mais procurando
o amigo. Paulo foi então visitá-lo. Em chegando, deparou com uma cena
lamentável: a casa estava suja e desarrumada e os filhos abalados além do
suportável.
– Amigo, vim aqui porque você não foi mais
me ver. Como você está passando? – indagou Paulo, mas sem necessidade de
resposta, a fisionomia de tristeza de Pedroso falava mais forte.
– Obrigado, amigo. Você tem sido um esteio
pra mim. Mas estou envergonhado com tudo isso, envergonhado de lhe procurar pra
chorar como criança enquanto meus filhos sofrem um abandono total, inclusive de
minha parte. Resolvi me recolher pra pensar...
A conversa de Pedroso não tinha mais o tom
de desespero. Falava por monossílabos. Indicava claramente que chegara ao fim
do poço. E foi esta a razão de Paulo novamente procurar Márcia, no colégio,
para tentar convencê-la a partir de São Gonçalo o mais rápido possível.
Entretanto, ela desdenhou o perigo, preferindo continuar na corda bamba que se
recusava a enxergar.
Passaram-se duas semanas. Era um dia de sábado.
Paulo estava em sua casa quando a campainha estrilou. Ele abriu a porta e viu
diante de si a figura alquebrada de Pedroso, um trapo de homem, roupas sujas,
cabelos desgrenhados e em choro desesperado. Ele falou:
– Matei Márcia!...
Realmente, a frase resumia a tragédia que o
velho capitão acabara de protagonizar. Em prantos, ele foi aos poucos narrando
o que acabara de fazer: fora à casa de Márcia e nela penetrou de arma na mão,
um revólver calibre 38. Sérgio, ao vê-lo irromper sala adentro, correu para os
fundos, pulou o muro e fugiu. Márcia ficou parada, talvez se achando capaz de
neutralizar a vontade assassina que comandava o espírito do ex-marido, um
engano fatal: recebeu seis tiros e tombou sem vida.
Assim o transtornado capitão resumiu o
crime que acabara de cometer por pura paixão. Mas logo se arrependeria.
Lamentava não ter resistido à tentação de matar a sua amada. E não parava de
chorar convulsivamente, obrigando ao seu amigo a providência de lhe dar um tranquilizante,
depois de enfiá-lo por quase uma hora debaixo dum chuveiro morno e de lhe
trocar as roupas.
Pedroso permaneceu durante algumas horas na
casa de Paulo, até que, aconselhado por seu advogado, ocultou-se e se
apresentou à polícia três dias depois, prestando seu primeiro e tormentoso
depoimento na delegacia policial. E não lhe decretaram a prisão preventiva,
ficando ele respondendo ao processo em liberdade. Seria liberdade? Não, porque
nada mais lhe fazia diferença. Sua vida acabara junto com a de Márcia. Dois
anos depois ele faleceu definhado de propósito. Sim, morreu o seu corpo, porque
a alma já estava morta desde o dia em que fora duplamente traído.
Sérgio sumiu mundo afora. Júlio e Clarisse
ficaram vivendo da pensão do pai, no apartamento deixado de herança. Júlio
largou os estudos. Conheceu uma garota e com ela se casou, passando a sustentar
a família com o trabalho incerto de motorista de caminhão. Clarisse teve pior
destino. Sem suportar a tragédia, tornou-se dependente de drogas e se uniu
maritalmente a um traficante. Contraiu AIDS,
culminou presa por tráfico e morreu na prisão. Coisas da vida...
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